
manifesto mmp
Numa altura em que é necessária uma cobertura jornalística rigorosa, profunda e diversificada, existem poucos recursos para enviar repórteres ao estrangeiro e cobrir temas menos visíveis. A informação está cada vez mais confinada a jornalistas europeus sentados nas suas secretárias, com todas as limitações que isso acarreta. O panorama mediático está a tornar-se mais homogéneo, não refletindo a diversidade que caracteriza o nosso mundo actual.
Os jornalistas migrantes que vivem na Europa podem ajudar-nos a mudar isso.
O MMP vai trazer outras vozes de diferentes regiões, onde um jornalista europeu dificilmente chegaria sem esforço, investimento financeiro, e superação de barreiras culturais e desafios. Eles só precisam de um computador e acesso à internet para contactar as fontes que deixaram para trás. É assim tão simples.
Mas o acesso aos meios de comunicação europeus continua a ser um desafio. Os jornalistas migrantes muitas vezes sentem-se desvalorizados e não encontram espaço para inclusão nas redacções europeias.
Esta lacuna resulta numa escassez de empregos qualificados e num obstáculo à sua integração social. E, em última análise, numa oportunidade perdida para o público europeu.
Os jornalistas migrantes precisam de partilhar o seu conhecimento, experiências e pontos de vista. Precisam de ser ouvidos. E nós também precisamos de escutar. No fim, todos beneficiamos de um panorama mediático mais rico e inclusivo.


